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Mostrando postagens de agosto, 2021

O Serviço de Inteligência Americano afirma: "O SARS-CoV-2 não foi fabricado"

     Desde o primeiro caso registrado de Covid-19, no final de dezembro de 2019 (a famosa época boa em que os meses não eram todos iguais), diversas teorias foram formuladas acerca do surgimento do vírus SARS-CoV-2, o causador da doença. Os mais fanáticos à conspiração saíram em defesa de que se trataria de uma arma de guerra do governo chinês, enquanto outras ideias menos ideológicas propunham que se tratasse de um vírus de outros mamíferos que tivesse sofrido mutações na natureza para infectar humanos.       Um artigo bastante famoso assinado pelo pesquisador norte-americano  Kristian Andersen ainda em março de 2020 já demonstrava que não haviam indícios de manipulação humana no novo vírus. No entanto, notícias referentes a subnotificações de casos por parte de Pequim e falta de transparência para com as autoridades internacionais por parte da China levantaram novas suspeitas sobre o decoro dos asiáticos no controle da pandemia que se instaurara.      Representantes internacionais vi

Talibã e o Futuro da Ciência no Afeganistão

      A tomada de Cabul, capital do Afeganistão, pelo grupo extremista Talibã na última semana destituiu o governo afegão em prol de um governo baseado no fundamentalismo islâmico, que implica em nacionalismo e um seguimento radical às leis do islã. O mundo inteiro tem se mantido atento ao decorrer dos dias na região e muitas dúvidas sobre o futuro surgem na comunidade  internacional, principalmente em aspectos como direitos humanos, direitos das mulheres e possíveis guerras no Oriente Médio com impacto global.     No meio do caos, a ciência afegã também pede socorro. Cientistas ouvidos pela revista Science, uma dos mais importantes periódicos científicos do mundo, relatam que já sofreram ameaças e ataques por terroristas ligados ao grupo. Os depoimentos incluem descrições até mesmo de atentados a bomba sofridos pelos pesquisadores em seus ambientes de trabalho.    D esde que o Talibã governou o Afeganistão pela última vez, de 1996 a 2001, as instituições de ensino superior do país cre

Resistência a antibióticos na água que você bebe

      Resistência a antibióticos é um dos principais problemas de saúde pública que o futuro nos reserva. Com o foco do mundo numa pandemia viral, às vezes problemas gerados por outros grupos de organismos vivos ficam em segundo plano, mas as bactérias resistentes a antibióticos são um problema cada vez mais real e latente.  Casos recentes aqui mesmo no Brasil já evidenciaram que as chamadas "superbactérias" (bactérias que causam doenças e são resistentes a vários tipos de antibióticos conhecidos) podem se tornar um problema de grande impacto.       As principais superbactérias já encontradas estão associadas a hospitais, justamente pelo alto uso de antibióticos para tratar doentes e também pelo caráter oportuníssimo, uma vez que os pacientes hospitalares geralmente estão debilitados e, portanto, mais suscetíveis a desenvolver doença.     Mas e se eu dissesse que exemplares destas bactérias não são exclusivas de hospitais? Mais ainda, que você pode estar ingerindo uma superba

CSI da vida real - Como a ciência ajuda a desvendar crimes

    Parado! Mãos ao alto! Tudo que disser poderá ser usado contra você! Sim, começamos este texto exatamente como uma prisão em uma série policial seria conduzida. E é nesse clima das grandes produções da TV que vamos te contar como a ciência pode ajudar a resolver crimes, tal qual vemos nas séries.     Talvez você já pense em coisas como exames de DNA para paternidade ou para identificação de sêmen em casos de estupro, talvez análises para revelar sangue em cenas de crime e coisas assim. E tudo isso é verdade. Mas a ideia é ir bem mais a fundo: pegar aquelas ideias que parecem completamente improváveis, que só em filme faria sentido mas que são opções reais que podem de fato ser usadas numa investigação policial. Confira abaixo alguns exemplos de como a ciência evoluiu para auxiliar a polícia a desvendar crimes. 1. Cuidado onde você pisa     O que você vê quando sai de casa olha pro chão? Asfalto? Terra? Pedras? Grama? Para pesquisadores australianos, a resposta é uma grande impressão

Nada que um vírus mortal não resolva: Como lagartas e borboletas se adaptam para combater vespas parasitas

     Não, você não leu errado. O que podia ser um pesadelo para os lepidópteros (o grupo de animais que inclui as borboletas e mariposas) acabou se tornando uma solução na luta contra vespas parasitoides. Vespas são o principal parasita destes insetos na sua forma de larva. Muitas delas colocam os ovos dentro da larva para se desenvolverem, um processo que é explorado também no controle biológico de pragas onde lagartas podem destruir plantações.      Vírus de borboletas e mariposas são, portanto, competidores das vespas por hospedeiros, afinal é bem ruim para um vírus infectar infectar uma lagarta que já está morrendo. Para evitar isso, os vírus desenvolveram a habilidade de combater as vespas para poderem eles infectar as lagartas com maior eficiência. É o que mostraram recentemente pesquisadores da Universidade de Agricultura e Tecnologia de Tóquio, no Japão. O estudo infectou larvas com pox vírus e os animais infectados foram capazes de sobreviver à posterior infecção por vespas.