Petróleo, Lubrificantes e Enterocolite
Olá, mundo! Seja muito bem-vindo a mais um resumão do Biotec em Pauta, com as últimas novidades no mundo da ciência mastigadinhas pra você.
Bactérias contra a contaminação do solo por petróleo
Pesquisadores brasileiros, em parceria com cientistas dos Estados Unidos e da Arábia Saudita analisaram diferentes frações de solo com diferentes graus de contaminação por hidrocarbonetos na Antártida. Hidrocarbonetos são compostos formados apenas por carbono e hidrogênio, onde se enquadram diversos compostos contaminantes oriundos da produção de petróleo, como metano e etano. Os resultados mostraram que, conforme o gradiente de poluição aumenta, menos espécies de organismos conseguem sobreviver no ambiente. Entretanto, aquelas que conseguem se estabelecer nas condições adversas se adaptam muito bem às condições inóspitas. Bactérias que vivem em altos teores de hidrocarbonetos apresentam maior abundância de genes ligados à degradação destes hidrocarbonetos contaminantes e a fixação de nitrogênio. Estes achados podem prover novos insights sobre organismos para biorremediação em áreas contaminadas por derramamentos de petróleo.
Lubruificante no sexo faz mal à saúde íntima da mulher?
Esta foi a pergunta que pesquisadores norte-americanos fizeram em um estudo recentemente publicado, em que se avaliou a possibilidade de lubrificantes danificarem o epitélio vaginal ou ter algum efeito sobre a comunidade de microrganismos presentes ali. Os resultados indicaram que, apesar do temor prévio de algumas pessoas, não há aumento na concentração de citocinas (moléculas que são recrutadas quando há injúrias em algum ponto do organismos). No entanto, apesar de não degradar o epitélio, os pesquisadores notaram que o grupo que usou lubrificante em sexo sem proteção apresentaram diminuição na abundância da bactéria Lactobacillus crispatus, um dos principais organismos responsáveis por manter o bem estar do ambiente vaginal.
Uma nova arma contra a enterocolite necrosante
Receptores toll-like 4 (ou TLR4 para os íntimos, um dos queridinhos da sinalização celular) estão também envolvidos na enterocolite necrosante, uma síndrome em que afeta gravemente recém-nascidos podendo levar à morte e que não é completamente entendida. Pesquisadores da Johns Hopkins University School of Medicine demonstraram que estes receptores são responsáveis por uma cascata de sinalização na glia (o conjunto de células de defesa do sistema nervoso) que faz com que estas células acabem morrendo. A boa notícia é que há um antídoto: o fator BDNF (outra molécula sinalizadora cerebral) atua inibindo a expressão do TLR4 e, consequentemente, prevenindo a morte das células da glia. Um problema a menos para bebês que mal sabem o que estão enfrentando.
Saiba mais: Toll-like receptor 4–mediated enteric glia loss is critical for the development of necrotizing enterocolitis
Por hoje é só pessoal :)
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